"Parece que consigo andar sob água. Sei que pra você, também, não existe outra pessoa. Por isso, tô tranquilo que se a chuva resolver cair, eu vou continuar seco.
Você vê as lágrimas no meu rosto e sabe que são todas pra você. Mesmo que elas me confudam, penso em você de coração aberto. E o bom disso, é que acredito mesmo que as coisas não vão mudar. Mesmo que as palavras permanecam não ditas, quando olho pra você, vejo que você se sente como eu.
Todo dia é um reforço que o caminho a seguir é esse porque meus pais vão entender. Pelo tanto que a gente se gosta. Isso ninguem tira."
Belo Horizonte, 19 de dezembro de 1999