22 de outubro de 2008

The Flirtation Dance

Acreditar que todo hetéro é curioso é um dos meus principais erros. Me faz apaixonar fácil por eles e me obcecar sexualmente pela chance de trepar com algum deles. Duvidar de uma brincadeira sacana de um rapaz hetéro é outro erro contraditório meu, porque, na maioria das vezes, eles estão curiosos. :)

Caso #1: Num bate-papo no MSN corporativo [porque eu curto perigo], ele começa a falar sacanagem. De tudo um pouco até chegar numa parte interessante em que ele brinca alegremente com o conceito de 'pau grande'. E a conversa vai durando até que trocamos MSN pessoal e o tom da brincadeira ganha tonalidades de excitação visual [a gente começou a lanchar juntos]. Um dia, depois de quase 10 horas extras, ele, hetero convicto e noivo, me chama no msn e diz que 'tá na fissura', que precisa 'tirar uma' e me diz que tá subindo pro meu andar. Por medo e por pudor demais, a gente acabou se conhecendo como dois adolescentes que 'tiram uma' juntos. Só que no banheiro da empresa. Um mês depois, ele foi demitido por fazer sexo com uma menina na sala de TI. Sorte a minha.

Caso #2: O cara do meu ônibus. Ele chama Flávio e tem uma cara muito amarrada. Um perfume delicioso que me deixa sem ar. E a gente se cumprimenta com a cabeça. Ainda não tomei coragem de bater papo com ele. Ultimamente ele [ou eu] evitamos sentar perto um do outro.

Caso #3: Outro cara no MSN corporativo [Acho que sou demitido a qualquer hora]. Dessa vez, não fiz nada. Só pedi uma ajuda e afirmei que meu cliente contratante ia me f*der senão o atendesse. E, pra minha surpresa, ele solta: "Aí você vai gostar né?". Não esboçei reação. Ou ele era muito descarado, ou eu dava muito na cara dele que o achava gostoso. Achava.

Fato: Coragem demais? Pudor de menos? Acho que tô acreditando demais em heterossexuais.

Dance? You're not fighting...

8 de outubro de 2008

Dentro do Ônibus...

A linguagem é ocular. E corporal. Ele desvia o olhar quando eu o pego me olhando. Eu mexo meus lábios freneticamente seguindo o ritmo da música que toca no meu mp3 player. 1º Dia.

A linguagem é ocular. E sensorial. Ele não tem outro lugar para sentar a não ser do meu lado. O desconforto é nítido. Aqueles braços gigantes e fortes me apertam para perto da janela. 2º Dia.

A linguagem continua ocular. E estonteante. Já fazem duas semanas e a troca de olhar é eficiente para me tirar o fôlego. Dá última vez que ele sentou do meu lado, o perfume era tão forte que eu dava baforadas singelas [mais dramáticas aqui no post] em direção a janela. O olhar dos dois permanece duro em direção ao horizonte insignificante. Qualquer virada de olhar brusca diz mais do que uma mão no joelho. Meu mp3 player fica sem pilha. 15º Dia.

A linguagem ocular já me faz rir. Mas agora ela vira verbal. Eu e minha Revista Epóca sobre a crise americana. E meu mp3 que grita no meu ouvido [e no corredor do ônibus] uma música embaraçosa do N Sync. Posso ser nostálgico. "Ei, posso dar uma folheada na sua revista?". Eu balanço a cabeça e entrego. E a linguagem ocular é direta pro meu globo ocular. 20º Dia.

Depois disso a linguagem ocular é finalizada com um balançar de cabeça do tipo "e aí, brother?". Eu continuo com meu mp3 player plugado no último volume. Continuo fazendo as coreografias com os pés tímidos, mas dá última vez que o celular dele tocou no banco atrás do meu, eu ouvi. "Alô!...É...É o Flávio".

Perdi a conta de qual dia foi esse, mas o próximo dia dessa história, eu devo lembrar com certeza.

It's amazing what a boy can do...

5 de outubro de 2008

Você é o que você escuta [Part I]

Coloque seu tênis mais confortável e sua calça bem surrada e caia na pista. Uma bela voz, uma batida pulsante e uma linha de baixo que te faz mexer sem querer. É só isso necessário. Só dançando que podemos nos sentir livres. Timidez? Tranque a porta para ninguem te ver.
E quando a porta estiver bem fechada, escute o que quiser. Porque é assim que um rapaz gay se denuncia quando escuta...

1. The Power of Good-Bye, da Madonna [Ray Of Light, 1998]: moderadamente conservador porque Madonna hoje é old fashioned mas também é referência gay. Curte muito o valor acadêmico da Madonna e tenta vender que ela não é diva gay, mas icone da cultura popular mundial [e é mesmo]

2. Overprotected, da Britney Spears [Britney, 2001]: escandalosamente descarado, gosta de rebolar vez ou outra (mesmo que seja no banheiro de casa) e dificilmente vai se segurar quando tocar uma musica dela na festa da sua tia.

3. All is Full Of Love, da Bjork [Homogenic, 1997]: alternativo, no armário e faz aquele tipo de gay misterioso que não liga muito se os outros sabem, se querem saber e se ele vai contar algum dia.

4. Heartbreaker, da Mariah Carey [Rainbow, 1998]: disfarça que gosta muito da veia hip hop da Mariah e destila comentários de que ela é muito gostosa. Sofre muito quando escuta uma balada dela e sempre coloca os hits bombantes pra ouvir no carro [Porque só isso da Mariah que presta!]

5. Beautiful, da Christina Aguilera [Stripped, 2002]: procura auto-afirmação, escuta quando se sente sozinho no mundo [se escuta sempre é pq realmente está sozinho]. Se escuta o remix, vive em alguma boate perambulando pela vida sozinho no mundo, também.

6. Crazy, da Alanis Morissette [The Collection, 2006]: escuta Alanis porque ela ajuda a liberar a raiva com vontade, acredita [intimamente] em mulheres poderosas porque a maioria delas são lésbicas (ouve Pink, Sheryl Crow e derivados - sem ser pejorativo!)

Você escuta o que? Eu escuto todas.

1 de outubro de 2008

Propagando


Hoje temos poucas palavrinhas. Tudo porque do rascunho até a arte final rolou coprofonia, idéias, cervejas e risadas suficientes. O resultado é a primeira campanha de divulgação do 3 sem tirar! Em breve nos lugares que você menos imagina.

Clica que você visualiza melhor.

By Leo, Luan e Lucas.

Não poderia ser diferente. Tudo isso prova que santo de casa faz milagre sim. E se o coroinha for gatinho e o padre aceitar, rola até casamento!

Próximo passo? Capa da Details igualzinho os meninos de Gossip Girl.
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