30 de março de 2009

17 Again

Eu ando procurando por respostas. Daquelas que justifiquem como eu me sinto e simplifiquem como eu ajo. Mas não sei se preciso realmente delas para seguir em frente. Do contrário, estaria preso em algum lugar da minha adolescência.

Em duas horas nesse final de semana, uma conversa de MSN me trouxe de volta ao meu eixo de realidade que eu jurava controlar com meus 15 anos. Ele riu, ele brincou, ele conversou, ele perguntou se eu acreditava em Deus. E graças a utilitária fragilidade que eu auto provoquei nos últimos meses, ele fez meu coração disparar.

Aí eu comecei a refletir sobre porque precisar tanto de respostas quando você mesmo faz as perguntas. Quando eu tinha 17 anos, eu tinha isso tudo que eu senti nesse sábado ao conversar novamente com ele. Eu tinha, talvez, também o mesmo que eu tive nos últimos meses.

Só com uma diferença. Ele era meu.

"travel the world and the seven seas...
...everybody is looking for something"

26 de março de 2009

O Sabor do Desapego

Heart, I know I've been hard on you.
I'm sorry for the things I put you through.
There's just one way to learn:
Sometimes we'll get hurt,
And right now it's our turn...
("Heart")

Por meses, eu me perguntei porque ele não me deixava ir. Porque ele ainda insistia em me prender em jogos simples e fáceis de ignorar quando você é visivelmente mais evoluido mentalmente que eu. Mas ele só me prendia mais a medida que o tempo passava.

Nunca pareceu suficiente pra ele a certeza de que eu seria seu amigo indepentente do que ele fizesse. Ele precisava ter em mim a válvula de escape para aquela ligada a noite quando ele estivesse sozinho, para demonstrar uma solidão latente que ele não solucionava com nenhum das garotas que ele conseguia. E que eu saberia como lidar.

E eu? Eu sempre quis ser deixado por ele. Deixado em paz. Deixado sozinho. Deixado de lado. Sem uma reconciliação rápida depois de uma demonstração rápida de falta de consideração no intervalo do trabalho.

Agora depois de perceber que eu deveria me deixar ir por conta própria, não perco mais tempo me perguntando por que ele não me deixava ir. Daí só preciso me concentrar por onde eu vou andar. :)

so keep on hanging in and we'll find love again...

20 de março de 2009

O que vocês estão fazendo agora?

Nós estamos online. Somos curiosos e não perderemos a oportunidade de nos aproximar virtualmente de vocês. E também estamos atentos a tudo que acontece por aqui. Ok, o Leo nem tanto. Mas pode ser que você tenha sorte!

Ainda não sentimos o tcham do Twitter. Vai ver faltam seguidores. De qualquer forma, conheça o nosso aqui.

Nem dava pra acreditar que a gente não tinha um MSN para o blog. Mas agora é só adicionar lá: semtirar@hotmail.com

E quem tem Orkut, adicione a gente! Abaixo, o link do profile de cada um.

Precisa dos e-mails?

17 de março de 2009

Próxima Parada

Será o casamento a próxima parada pra quem já tem mais de 24 anos, já formou e já tem um bom (?) emprego? Duas amigas não-casáveis estão de noivado programado pra antes do fim desse ano. Será que esse bichinho morde os gays também?

Eu duvido. Mas aí tem o Lucas e o Mr Fish que jogam por terra qualquer convicção que eu tenho sobre a falta de empenho genuíno num relacionamento. Agradeço a eles por isso. Mas de qualquer forma, não é uma regra geral ter e nem é uma palavra que combine com o lifestyle dos gays que eu conheço: compromisso.

Dividir todos os dias. Perder alguns desses dias. Encontrar defeitos escondidos. Ter seu 'eu-clandestino' [aquele que aparece só no seu quarto sozinho] surpreendido vez ou outra. Saber que tem alguém pra cuidar de você. Viver seu own personal Big Brother. Medir as palavras. Não controlar impulsos. Não se sentir sozinho no final das contas.

Será tão díficil? Eu continuo duvidando mas aberto a negociações.

"here comes the bride? all dressed in white..."

10 de março de 2009

Pintura Íntima

Fazer amor de madrugada. Começou o refrão e você sabe cantar. Todo mundo sabe. Na hora do sax, sempre tem um bêbado com aquele papo de cama, escada, patroa e empregada.

Chefa e secretária do lar passo fácil pra quem gosta. Mas cama, escada, rua, chuva e fazenda muito me interessam.

Um dia, fui ao aniversário de uma melhor amiga. O carro já estava estacionado há algum tempo e eu não conseguia parar de beijar meu namorado. As pessoas passavam pela rua e as luzes da festa piscavam de não muito longe. Tinha aquele risco de ser pego, mas o perfume no ar era mais forte. O cabelo arrumadinho dele já estava preso entre meus dedos. Entendo quem reclama do espaço interno de alguns carros, mas eu sou criativo. Era a realização de uma fantasia.

Sempre fui cheio delas. Em algumas ocasiões, a fantasia é um cheiro, lugar ou uma roupa que eu gosto. Em outras, é beijar intensamente por horas e perceber que nem senti falta do sexo. E quando encontro aquela tia que há meses não via, ouço “sua pele está bonita”.

“Ah, tia... É culpa do Kid Abelha!”

3 de março de 2009

Chá Matte e Biscoito Globo

Aprendi anos atrás que a gente só conhece uma pessoa de verdade quando viaja com ela. Conhecer alguém de verdade é dormir, acordar e passar dias debaixo do mesmo teto, compartilhando bom e mau humor, falta do que fazer, cabelo no sabonete, toalha molhada e pé de areia na cama e tudo aquilo que você pensou aí.

Chegou finalmente o dia de conhecer uma cidade e alguém de verdade. Ela, a maravilhosa. Ele, meu namorado de dois anos e meio.

Lado a lado no ônibus, no taxi e na chegada ao local onde ficaríamos hospedados. Mais tarde, também juntos no metrô, na praia, no restaurante e na cama.

Dias de sol na nossa praia eram de papo leve, com carinhos tímidos e risada larga. Noites de chuva eram passeios gostosos e altamente apaixonantes. Chegar ao nosso quarto era dar um beijo demorado e dizer que o dia foi inacreditável. A madrugada rendia as nossas melhores conversas (sic). Sabe aquelas perguntas que você sempre quis fazer pra uma pessoa? Então, eu não lembro nenhuma que ficou para trás.

Cinco, dez, quinze dias. Sem TV, internet e no final, sem dinheiro também. Mas com uma certeza. O Rio é isso tudo mesmo. E você, muito mais tudo que eu podia imaginar.

Best friend with benefits.
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