17 de dezembro de 2008

Touched for the very first time...

Do que você lembra da sua primeira vez?

Na última semana, eu e o Lucas fomos [pela 1ª vez] no 16º Festival MixBrasil de Cinema da Diversidade Sexual, comandado pelo Andre Fischer e frequentado pela nata gay e, em sua maioria, assumida da nossa cidade. Em sua maioria exclui a gente.

Dream Boy é o romance setentista do escritor Jim Grimsley sobre amizade, curiosidade e abuso sexual. E tudo ali soa como muito real. Real demais ao ponto de fazer com que você queira estar sonhando com tudo que se passa. Não posso dizer que eu e o Lucas às vezes pensamos assim também sobre algumas coisas.

Estar nessa sessão de cinema me fez sentir como se fosse fácil ser quem a gente é. Por isso é tão bom dividir com amigos de verdade vontades como essas. Até porque não há necessidade de ninguém ser tratado diferente.

Numa hora em que ninguém sabe como se comportar, ter seu irmão por perto ajuda. Mas não muito. Mas fomos firmes porque sempre quisemos assistir a filmezinhos assim sem precisar dizer que é porque está indicado ao Oscar.

Shouldn't matter who you choose to love...

10 de dezembro de 2008

O mar e todas as coisas


Poderia ser remédio, choro ou bebida, mas eu escolhi o mar. Um final de ano, como agora, que tinha sido muito problemático.

Engraçado como o ano passa devagar em março. Talvez seja uma época boa para viver um grande amor, mas péssima para vê-lo se transformar em nada. Lá pro fim do ano, outra pessoa. Sem o mesmo nome, mas que também se transformou em nada (mais que a dor).

Era hora de descanso, de um novo começo. Fui em direção ao mar. Descalço, para sentir a falta de equilíbrio. Só foi necessário um mergulho, para deixar pra trás todas as coisas que só o mar tem a força de levar.

Não tinha nada, mas tinha eu.

4 de dezembro de 2008

Limites...

Ok. E se eu tiver mesmo apaixonado? Qual é o maior problema nisso tudo? Acredito que as duas perguntas têm respostas distintas e conflitantes. Ele é bi-curious. Mas estabeleceu limites comigo. E eu tô ultrapassando alguns deles sem preocupar com as consequências.

"Welcome to the heartbreak..."

Um lado dele me vê como irmão mais velho. Daqueles que tomam conta e que ele pode contar pra qualquer dificuldade. [É importante dizer aqui que já houveram um bom bocado]. Outro lado dele quer brincar com meus sentimentos e sensações. Me abraça com uma precisão que só aquele homem especial deve abraçar. Me provoca com jogos sacanas, com detalhes sórdidos de como ele está vestido e o que eu faria com ele. [É vergonha dizer aqui que eu recuso qualquer convite explícito a brincadeiras desse tipo].

Hoje, ele me disse que das duas, uma: ou eu sou cuidadoso ou eu sou medroso. Acredito que as duas suposições têm fortes aliados em toda minha história. O bom é que ele sabe que eu não sou convencional [porque eu avisei] e ele aceitou. E o meu limite muda todo dia.

2 de dezembro de 2008

The Beautiful (number) One

Fashionable late. Era pra ser a semana das divas, mas tava tudo muito certinho para representá-las. Depois de alguns dias de vocal rest, aí vai o desfecho atrasado de um conjunto de posts que finalmente ilustram os 3 amigos, os 3 caminhos e as 3 divas.

Um dia minha mãe chegou em casa desesperada. “Lucas, quem é a mulher que canta aquela música assim...” e começou a cantar numa língua The Sims com um ritmo que eu sabia que era familiar, mas não conseguia identificar. “Nossa, eu parei em frente a tv e não consegui sair de perto, ela cantava demais!”. Detalhe, ela estava em um hipermercado e largou o carrinho de compras para ouvir uma “mulher magra, com cabelo poodle”. Passou.

Anos depois, já fã, estou no quarto ouvindo música. Minha mãe chega com os olhos arregalados, quase chorando. Tomei um susto, e perguntei o que tinha acontecido. “É ela!” Era Mariah Carey, cantando Without You. Impressionante o tanto que aquela voz mexia comigo. Uma voz doce, potente, que passava de notas lá no topo pra um grave cabuloso em um verso.

Vou ser bem xiita e não vou fazer um top 5 Mariah Carey. Música para mim está muito relacionada a momentos. Alguns são sempre meus, outros são circunstâncias. Mas sempre fico impressionado com a alma na voz e o soul dessa mulher no início da carreira, com Vision Of Love de cabelo poodle, Vanishing com as brincadeiras vocais, Emotions com os agudos absurdos e Make It Happen, com aquele coral gospel imbatível.

E, como um cara romântico, derreto com qualquer balada do refinado Daydream ou do divisor de águas Butterfly. Se for pra ser mais enérgico, adoro os hits pop e r&b com os samples que só ela tem a manha de desconstruir.

Quem já tentou dar um agudo em casa põe o dedo aqui!
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