29 de agosto de 2008

Is All Full Of Love?

Será que o amor está mesmo disponível do jeito que todo mundo tenta me fazer acreditar? Não consigo evitar a sensação de que algumas pessoas tem mais facilidade que eu para isso.

Meu melhor amigo/irmão vive inebriado de um amor que eu tenho medo de provar. Por já ter provado antes. Ou talvez por medo de me provar que nunca provei algo assim.

Eu nunca amei alguém com tanta desenvoltura e liberdade como foi com XXXX. Fiz um tanto de coisa errada por escolha própria. Ou por não ter saída. E eu passei por tudo isso, esperando me sentir feliz o suficiente para tentar de novo.

"Tudo está cheio de amor. Você é que não percebe." A música é linda, o clipe é genial o que mais me irrita é o quanto a Björk parece estar certa e eu cego. Porque será?

27 de agosto de 2008

Vai me entender...

É impressionante como as coisas acontecem em nossas vidas e como essas mesmas coisas mudam de 'A' pra 'Z' num espaço de tempo tão curto.

Até pouco tempo artás eu estava completamente envolvido com um rapaz que era tudo pra mim. Eu conseguia ver doçura no gesto mais tosco e me conformava com qualquer coisa, desde que estivesse do lado dele. Vivi um tempo de glória, pelo menos eu acho. Tudo tava bom e tudo era azul estando do lado dele.

Com o passar do tempo eu acabei me convencendo de que nada daquilo fazia sentido e desde então meu comportamento com ele mudou radicalmente. E eu não consigo esconder a minha falta de interesse por ele. "Mas por que você não me abraça direito? Por que você não fica mais feliz quando me vê? Por que você anda tão distante? Por que... ?". É mesmo de se estranhar uma mudança de comportamento tão brusca mas, infelizmente ou felizmente, o inesperando aconteceu. Acabou o encanto, perdeu a ternura. Hoje, por mais estranho que possa parecer, uma pessoa que nunca me fez mal algum me incomoda profundamente simplesmente por estar presente no mesmo ambiente que eu.

Às vezes me pergunto: "Será que tô ficando doido?" Mas fato é que, da mesma forma que a paixão apareceu, ela desapareceu. Desapareceu e levou consigo todo e qualquer sentimento sem deixar rastro. Tenho medo de acabar magoando uma pessoa que não tem culpa disso ter acontecido e muitas vezes fico sem saber o que fazer. Não quero fingir ou ser falso mas também não posso ser tão rasgado e dizer que não quero mais trocar uma palavra. Mesmo porque, eu não teria uma boa explicação pra isso. Nem uma ruim, na verdade.

To me afastando e tentando digerir essa história de uma maneira mais tranquila pra ter sossego de conviver com o cara. Conviver por uma questão de necessidade agora. Ano que vem talvez eu mude de cidade ou quem sabe até de estado.

Preciso começar uma vida nova. Preciso respirar novos ares e conhecer novas pessoas... Se de tudo essa mudança toda não acontecer, quem sabe eu não vá morar no novo sítio e ser feliz para sempre com o carinha que 'conheci' na tal festa?

Bom, não deixa de ser uma opção. Mas até lá, me desejem sorte!


Sky's the limit!

22 de agosto de 2008

As 5 coisas que eles fazem numa primeira conversa

Não importa onde e nem como aconteceu: você está conversando com aquele gostosinho.

Se você for tímido demais, pode perder detalhes preciosos da expressão corporal dele, quando estiver de cabeça baixa e vermelho. Se você for soltinho demais, pode atropelar o pedestre e não deixar que ele mostre o quanto é interessante.

É só prestar atenção. Vamos aos detalhes que estão logo ali na sua frente:

1. Em 2 minutos de conversa, ele pegou no pau umas 5 vezes e apertou a boca 3. Com naturalidade, ele te pergunta “aí fera, é ativo ou passivo”?

a. Você quer sexo: responda participativo. E a nossa conversa acaba aqui. Porque o resto, colega, é com você.

b. Você quer tudo, menos sexo: diga boa sorte. Por mais que ele seja um tesãozinho, você vai estar tão decepcionado que não vai ser difícil.

2. Em 10 minutos de conversa, ele deu uma gargalhada maravilhosa e manteve um tom empolgante no papo. Se você for do tipo sério e travadão, repare nas mãos dele: se elas estiverem ainda mais animadas e bem contorcidas, ele pode ser um pouco mais soltinho do que você gostaria. Se isso não faz diferença pra você, ponto.

3. Ele fala com dificuldade onde mora, idade e qual curso faz. Calma, ele não está desinteressado. Pode ser que o tempo dele seja um pouco mais desacelerado. Ele pode ser um cara que não vai a lugares gls, que não tem muitos amigos gays e que tá cansado de ficar sozinho e finalmente decidiu baixar a guarda e arriscar. Nessa hora, você deve se mostrar confiável. Os detalhes chegam no momento certo.

4. O seu celular foi olhado mil vezes. Por você. A cor da camisa dele permanece tão incógnita como a sua risada. Tá na cara que o papo dele parecia mais promissor quando ele te dava aquelas olhadas. Não vai dar em nada, né? Dê uma desculpa e saia lindo. Se ele gostou de você, vai pedir o cel. Nessas horas, o seu celular é corporativo e você não passa o número para ninguém.

5. Por último, ocorreu tudo bem. Ele falou mais que você e, em cada palavrinha, você viajava: não deixe que sua timidez encerre o contato ali. Tenho certeza que você vai se chamar de burro muitas vezes e um encontro por acaso pode nunca mais acontecer. Aposte, mas não arrisque. “Então, qual seu celular mesmo?” Torça pra não ser corporativo.

18 de agosto de 2008

Chupa essa manga!

Depois de uma estressante busca por um lugar tranquilo e com um tamanho razoável pra criar uns animais, acabamos por comprar um sítio. Ufa! Eu já não aguentava mais ver tanto jornal espalhado pela mesa com anuncios de sítios e fazendinhas fantásticos mas que na verdade não passavam de sitiozinhos e fazendinhas bem "inhas" mesmo. Vai numa cidade aqui, roda outra alí, rodamos cerca de 3 mil quilômetros ou mais e quando já pra desistir de encontrar alguma coisa que preste... Tcha nan!!! Amém! Encontramos algo.
Muito bem, estamos na fase de "arrumação" do sítio e estive lá esse final de semana que por coincidência, tava tendo uma festa na cidadezinha próxima e eu não poderia perder a oportunidade de conhecer um pouco o pessoal. Ir me adaptando e quem sabe fazendo novos amigos.
Todo mundo pronto, fomos eu e dois amigos tomar uma gelada na cidade e nos apresentar ao povo. Maravilha! Povo animado, muita gente dançando (minhas pernas coçavam pra dançar), uma dupla tocando uma viola e rasgando João Mineiro e Maciano... Vez ou outra, meus olhos eram atraídos por um rapazinho ou outro, mas nada que realmente chamasse a atenção. Depois da quinta ou sexta loira, levantamos e fomos pro meio do povo pra ver de qual é que era. Nessa hora a dupla já tinha parado e tava rolando um axé meio estranho. Pelo menos eu nunca tinha escutado aquilo.
Olhando prum lado e pra outro, vi um rapazinho que por alguns momentos eu achei meio bizarro. Usava uma calça pouco convencional mas interessante, um cabelo que mais me pareceu bagunçado que arrepiado mas era também interessante e parecia que era dançarino da tal banda que tocava. Sabia todas as músicas e tinha uma coreografia pra cada uma delas. Depois desses alguns momentos achei o carinha uma gracinha.
Fiquei ali reparando e me vi babando no sujeitinho. Era um trem!!! Ia dançando e cantando a música e volta e meia tava com a língua no canto da boca ou no lábio superior, como se estivesse em pleno ato. Eu desfarçava, puxava assunto com meus amigos, acendia um cigarro, mas sempre de olho nele, e pra minha surpresa, ele de olho em mim. E o olhar dele, misturado com aquele sorriso de canto de boca, como que se dissesse: "Vem dançar comigo!" me deixou ainda mais desconcertado. Alguns amigos dele apareciam e ele sempre passava o braço no pescoço deles e me dava uma olhada, quase que me intimando. Eu desviava o olhar e ia buscar refúgio na lua. Ou melhor, no ecplise que tinha acabado de acontecer. E assim se seguiu por uns 30 minutos.
De repente, uma roda no meio do povo se abre e policiais saem carregando uma pessoa pelo braço. Tomei um susto e me afastei dali com meus amigos. Um deles se pronunciou: "Já chega por hoje, vamos embora?" e o outro não fez nenhuma objeção. Dei alguns passos em direção ao carro e decidi comprar uma bala. Uma desculpa boba pra voltar mas boa o suficiente pra me fazer entrar no meio do povo de novo e quem sabe encontrar o talzinho que tinha se perdido no meio da confusão. Voltei chupando a bala. E o dedo também. Rodei rapidinho lá no povão pra ver mais uma vez a figura mas ele tinha virado pó. Entramos no carro e fomos embora.
Não sei o nome e muito menos o telefone, mas sei onde mora. Quem sabe num próximo final de semana desses eu volte pra casa chupando qualquer coisa que não seja uma bala ou um dedo?
A língua dele?
Quem sabe!?

Chupa que é de uva!

13 de agosto de 2008

Territorial Pissing

Momentos estranhos e constragedores não me perseguem mais como na minha adolescência. Mas é fato. Não consigo mijar perto de ninguém. Esqueçe essa conversa fiada de intimidade crescente que isso nunca vai funcionar comigo.

Mictório? Não me atrai nem a milhas de distância. Evito qualquer contato visual em banheiro público. Porque simplesmente a tensão é estranha. E além disso, é meu pinto, é meu xixi e ninguem tem que assistir. Nem o Lucas, nem o Leonardo. Numa festa qualquer dessas, estavámos os três doidos pra mijar. Perdi contato com os dois pouco antes de encontrar um banheiro químico ou uma parede.

Um dia desses, cheguei em casa do trabalho naquela vontade incontrolável de mijar. Daquelas que chegam num ápice e depois somem. Mas já estava num estágio de tortura segurar o xixi. Qual a surpresa? O banheiro está em obra expressa, nas próximas 2 horas, segundo minha mãe. Pela minha cara de aflição, ela caiu na bobeira de pedir meu pai (o obreiro) pra liberar o banheiro pra mim. Ele abriu a porta, mas não saiu. 'Pode entrar, filho'. Foda. Parece descrição de conto adolescente. Mas eu não consegui mijar! Que pânico! Por 30 segundos, fiquei em pé com o pau pra fora e nada da merda do xixi sair.

E pra sair do banheiro? Me senti adolescente de novo. Estranho e constragido pela falta de controle de xixi na frente do meu pai.

[Panic Room - Cadê a Jodie Foster?]

8 de agosto de 2008

[15 coisas que eu procuro num amante]

Mesmo depois de testar por aí formatos que sustentem minhas necessidades, ainda penso sobe a facilidiade de alguns para encontrar alguém (e a felicidade de vê-los partir) e a minha dificuldade de encontrar (e perceber) alguém. Em 2002, Alanis Morissette fez (mais) uma música para lamentar sua perspectiva e (falta de) sorte com os homens. Aqui, nao é um lamento ou confissão desesperada de um encalhado. Mas devo admitir que a visão de sorte começa a me incomodar. Citando Morissete, aqui "não estão listada necessariamente necessidades, mas qualidades que eu prefiro".

1. Ter habilidade de falar de tudo (e de todos) com uma falsa propriedade que balance entre a arrogância e o charme.
2. Ser bem mais preocupado com seu crescimento do que seu bem-estar.
3. Fazer o bem sem olhar a quem.
4. Ouvir (criteriosamente) qualquer tipo de música.
5. Preferir uma conversa longa no telefone que comece só com um "tudo bem?"
6. Ser fã de uma cerveja necessária.
7. Gostar de pontualidade.
8. Ter pêlos.
9. Saber cozinhar.
10. Querer transar numa cadência similar a uma balada.
11. Cultivar barba.
12. Deixar sempre a sensação de "você não me conhece".
13. Gostar dos meus amigos.
14. Ser barrigudinho.
15. ???
Put love on hold...

6 de agosto de 2008

Cadê meu netinho?

Ainda hoje, estávamos eu, meu pai e minha mãe assistindo a novela Pantanal (adoro) quando então o Sr. José Leôncio começou a conversar com Joventino sobre suas intimidades com a digníssima Juma Marruá, a mulher que vira onça. No quarto, Juma e Filó conversavam sobre o mesmo assunto. Isso porque surgiu um boato que os dois (Jove e Juma) dormiam juntos mas nada acontecia... Intrigado, o pai de Jove não resistiu e foi logo procurar saber o que de fato acontecia e por que. Detesto quando esse tipo de assunto surge em momentos que estou com meu pai. Especialmente quando estamos em casa porque aí a coisa fica mais séria. Séria no bom sentido da palavra.
Enfim, no decorrer da conversa deles, o Sr. José Leôncio disse que adoraria ter a casa cheia de "marruazinhos", o que já me deixou na espectativa de um comentário... E não deu outra. "Também sou doido pra ver essa casa cheia de menino correndo e atentando o dia inteiro pra eu ficar por conta. Quero logo aposentar só pra ficar tomando conta dos meus netinhos." Ouvi aquilo pensando mil e uma coisas pra falar mas, na verdade, nada apareceu na minha cabeça e eu e minha mãe nos olhamos, um rindo pro outro como se nossos olhares dissessem: 'Onde está o juizo dessa criatura?' Olhei pra ele e completei: "Só se for pra você cuidar mesmo porque o que eu iria fazer com esse tanto de menino que você quer?" Tudo num tom muito irreverente e levando o papo numa boa.
Meu pai é louco pra ter netos e não perde uma oportunidade de me perguntar quando irei "providenciar" um. Minha mãe ao contrário, morreria se eu arrumasse um filho nessa altura da vida. Pra ela, preciso de uma boa estabilidade financeira e, acima de qualquer coisa, uma mulher que seja digna do seu filho. Eu no caso. (Mãe é assim mesmo, sempre quer o melhor pro filho e acha que o filho é o melhor. Rs) E concordo com ela. Se fosse pra eu ter um filho, gostaria que fosse nessas condições. O que vai ser da minha vida, só Deus sabe. Mas isso é mais pra frente. Voltemos pro hoje.
Empolgado com a conversa, meu pai me perguntou: "Não tem um marruazinho chegando por aí não, meu filho?" Respondi na bucha: "Uai, se você garantir mesmo que cuida como tá dizendo, arrumo um amanhã mesmo." Mesmo que esse assunto sempre me deixe tenso, a conversa estava até engraçada e minha resposta, embora não muito programada, me deixou numa situação relativamente confortável. "Não estou acreditando no que estou ouvindo! Você só pode estar de brincadeira... As coisas não funcionam assim não. Fica parecendo que o menino vai pegar uma mulher numa prateleira e te arrumar um neto. Deus me livre!" Minha mãe entrou quente na conversa, acho que mais com ciúmes de mim do que de fato com medo de aparecer um marruazinho dentro de casa. Minha mãe morre de ciúmes de mim e do meu irmão mas comigo é ainda pior porque sou o caçula. E sendo assim, pra ela eu nunca vou deixar de ser o bebezinho da casa. Mas isso pôs um fim na conversa depois da cara de meu pai de 'Só falei que queria um neto.'
E eu só sei que isso ainda vai me dar muita dor de cabeça...

Você cuida do meu marruazinho?

3 de agosto de 2008

Onde é que você se esconde...

Conheci um cara via bate-papo da UOL uma vez por influência do Lucas. Não vou discutir o assunto bate-papo hoje porque é complicado e parece psicótico se falado demais.

O problema desse lance todo foi que um cara antigo feito eu não consegue lidar com a modernidade da internet quando tenho que por meu coração no meio.

Primeiro, me faltava sinceridade. Os nomes eram falsos, os MSNs também, a introdução de 'quem eu sou' também abusava disso, conseqüentemente. Segundo, o advento da velocidade não se encaixa a virtualidade se você está se envolvendo. Responsavelmente, leva-se meses para dizer e perceber coisas que você faria em dias se o contato físico existisse. Para sentir as mesmas coisas, a velocidade é inversamente proporcional.

O bem da verdade é que um cara antigo feito eu não consegue lidar é com a volatilidade das coisas virtuais. Do amor líquido e do interesse volúvel. Coisas simples como um telefonema viraram esperas sem fim por scraps sem um pingo de carinho ou insuportáveis silêncios digitais via Messenger.

Eu me achando antiquado por cobrar afeto e preocupação mesmo de longe e ele reclamando que eu pontuava as frases no MSN.
you always love me more...miles away...
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