26 de julho de 2010

Pelo Sim e Pelo Não

Todo mundo me diz que eu preciso encontrar alguém. Todo mundo que sabe de mim. Mas será que eu quero?

As últimas experiências são termomêtro para as futuras? Se sim, estou na espera daquele cara dependente que olha pra mim com olhos de admiração e expectativa por tudo que eu sei. E ele vai, mesmo assim, conseguir me machucar com a facilidade daquele que tem o elemento surpresa.

Se não, ele que vai chegar e me surpreender em cada expectativa que eu finjo ter porque ninguém me surpreende. Nem os últimos bi-curious que eu conheci. Ele vai me garantir tranquilidade no stress mais intenso e vai me aliviar no dia em que eu tiver mais desconfortável.

Se sim, não sei se quero encontrar alguém. Porque eu já li a última palavra desse livro.

Se não, mal posso esperar pra me apaixonar. Porque ninguém quer viver no eixo pra sempre.

 somebody's somebody...

21 de julho de 2010

Do silêncio e das expressões

Como você descreve um sentimento? Com palavras de intensidade e envolvimento literário? Com expressões de profundidade e catarse visual? Ou será que você sente. Pura e simplesmente. Pelo benefício do sentimento.

Quando se descobre gay, um menino (e uma menina) absorve por conta própria o conceito do silêncio. Ele (ou ela) aprende a olhar sem ser visto. A falar sem ser percebido. A gostar sem ser pego. A amar sem ser correspondido. Tudo porque no silêncio, o menino (além da menina) encontra a solidariedade que só o anonimato pode oferecer.

Com o tempo, o menino (e com menos frequência a menina) perde o gosto pelo anonimato, pelo silêncio e pelo low-profile. Talvez porque a promessa de amor sem correspondência canse qualquer rapaz (e quem sabe garota).

Duvido muito que a troca seja justa.
 Shouting is golden but silence is more fun.
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