26 de fevereiro de 2009

Montanha-Russa

Do que serviria a montanha-russa senão houvesse a metáfora? Seria só um brinquedo no parque de diversão. Um brinquedo que todo mundo tem vontade de ir. Mas nem todos podem. Eu digo que invejo quem não pode.

O fato de não conhecer as subidas e as descidas [bruscas] que te viciam e te fazem gastar tudo que você tem em voltar intermináveis é sem dúvida tentador.

Mas é triste não conhecer as curvas virtuosas que uma montanha russa pode oferecer. As vezes, a volta não demora, mas o looping vale a pena. Vale a pena pela sensação de falta de chão pra pisar. Vale a pena pelo alívio de estar por cima novamente. Mesmo que por pouco tempo.

O problema da montanha-russa está mais atrelado a quem anda nela do que na corrida que ela faz. Sempre tem um que já entra sabendo que vai passar mal antes da primeira curva, mas nunca deixa de ir. E tem aqueles que não sentem absolutamente nada durante a volta. Nem na maior das montanhas russas, com as maiores subidas e maiores quedas livres. Quem não gostaria de ser esse cara às vezes.

Ainda bem que existe a metáfora. Senão o que seria da montanha-russa?

up to the skies...down to the ground.

18 de fevereiro de 2009

Considerações

1. Nunca entregue de bandeja o que você não controla.

2. Sempre se esforçe a ouvir seus amigos.

3. Com frequência, recapitule o que você já perdeu com as pessoas.

4. Seja convicente consigo quando assume que não vai mais insistir.

5. Durma e deixe de considerar formas criativas de vingança.

6. Perca toda a atração prévia por aqueles que demonstram desprezo prévio por qualquer um.

7. Não se apoie em reencontros fáceis com o passado.

8. Não duvide que você vai aguentar.

"Always the hours..."

16 de fevereiro de 2009

With the one I don't know

O primeiro corte é o mais profundo. Já ouvi dizer isso em algum lugar. E já fui cortado pela primeira vez. Mas a memória de todo mundo que se apaixona é seletiva demais, certo?
Voltei de Porto Seguro sem seguranças, esperanças e expectativas em relação a ninguém. Fui com ele e voltei sem. Ou será que eu fui alguma vez com ele para algum lugar? Somos o casal sem namorar. Até a baiana que estava com ele já no 1º dia, sabia.
A cidade me ajudou a curar melhor que qualquer cicatrizante. Às vezes era só eu e o mar. Às vezes era só eu e o nosso meu quarto. Às vezes era eu, ele e muitas pessoas. Às vezes era só ele e eu. Com tudo que não devia ser dito pronto pra sair desbravado pela boca um do outro. Mas quem não se contém, não aproveita o melhor da festa. As melhores frases são as que vão ser ditas ainda. Algum dia.
E assim, contidos, a gente curtiu cada um pro seu lado 7 dias de amor por Porto Seguro. Enquanto os dois viam o espaço entre os dois crescer além do permitido para qualquer ferida aberta.
Aí voltamos. E lá fomos o casal sem namorar. E com essa proeza, ele conseguiu me machucar mais que qualquer meio-namorado que eu nunca tive.

how am I gonna get through?

4 de fevereiro de 2009

Rotas de Colisão

- E aí, negão, bora pra praia no começo de fevereiro? - Ele disse.
- Quê? Tá doido? Quero descansar nessas férias! - Eu revidei com sarcasmo.
- Pára, irmão (amo quando ele fala assim). Vamos sim?
- Eu com você? - Alimento o joguinho.
- É ué. Bora pra lá. Uma semana de amor pra nós dois juntinhos na Bahia. - Ele arremata.

Realmente estou precisando de férias. Realmente preciso descansar. De tudo. Inclusive dele. Mas o jogo é tão meu quanto dele. Apesar que dessa vez, ele ganhou o jogo fácil.

Tô zarpando no escuro pra praia com ele nessa sexta.

Nem vou pedir pra desejar sorte.


"maybe it's just a waste of time..."
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