26 de julho de 2009

A Carona [Parte I]

O amor de uma via só não passa de uma fantasia. Da mais bem elaborada e proveitosa possível. Principalmente quando a segunda via apresenta obstrução por mal uso.

Perdi a conta das vezes que "insistir com meu ex" foi uma hipótese que eu considereava pertinente. Sobre o meu mais recente ex quase-namorado, tenho lembranças suficientes do quanto "investir numa incerteza" foi a escolha "mais sábia".

Tudo porque; do meu ponto de vista; o meu caminho, a minha via sempre foi bem clara e com destino certo. Mas de que adianta chegar lá sozinho?

Acho que tô precisando de uma carona...

"Wish I was somebody's somebody..."

16 de julho de 2009

Tranqüilidade...

Esses são os pensamentos que me mantêm acordado em algumas noites:

Tudo o que eu achei que compreendia, eu estou (des)aprendendo de novo?

Porque têm dias que eu quero você perto, mas paguei para te ver bem longe.

E eu consegui.

Enquanto me desencanto de uma história bem mal escrita e editada porcamente com minhas habilidades literárias, descobri que ser próximo do ex pode não fazer tão mal quanto parece. Ser próximo e amigo.

Será que eu preciso de atenção e não sei escolher de quem?

Tomara que não porque tudo que essas noites sem dormir almeijam é uma tranqüilidade que eu só consegui quando fiquei bem longe dele.

Sem a companhia de ninguém.

"But I don't want nothing it all..."

12 de julho de 2009

Comendo Fora

Os detalhes por vezes representam grandes porções das receitas mais apreciadas e difundidas em todas as culturas.

Tome o homem por exemplo. É inegável o papel de braços fortes (ou firmes, para não deixar ninguém de fora) no prato principal. Além de ser indispensável as contribuições de costas largas e com presença para encorpar o caldo.

Mas o segredo de todo cozinheiro está nas calças jeans. E não é do conteúdo (ou também talvez seja) que estou falando. O diferencial é a disposição da calça, o formato que ela propicia, as sugestões que ela insinua e a vontade de comer mais que ela desperta.

what's on your plate today?

6 de julho de 2009

Sexpectations

Geralmente um domingo a noite não produz muita expectativa. Para mim, é como se fosse vista grossa do despertador do dia seguinte. Mesmo assim eu estava no carro, em direção a qualquer lugar aberto numa cidade fria e sonolenta.

O barulho vinha do lado de dentro ou fora? Pelos olhares preocupados, tive a resposta. E o susto. O carro estava em uma subida, numa rua escura e com o pneu tão vazio que a roda parecia empenada. O único borracheiro 24 horas estava longe o suficiente para estragar o resto do carro. Por perto, um posto de gasolina quase fechado.

Ele se aproximou, tirou a blusa de frio e foi em busca das ferramentas. Tinha habilidade e charme em cada movimento. Os parafusos iam saindo um a um, o vento batia forte, o cabelo dele atrapalhava, a força do braço ressaltava os músculos, a posição deixava aparecer a cueca e as mãos estavam sujas de graxa. Tum. Eu já não sabia me comportar de tanto tesão. Entre cada gesto, havia troca de olhares. A minha intenção em ajudar era só pra ficar mais perto. Quem sabe ele reparava o volume.

E reparou, minutos mais tarde na cama dele. As mãos caminhavam pelo corpo na velocidade da respiração ofegante. O tempo frio só aumentava o nosso suor. Naquela hora, eu o conhecia bem. E falava no ouvido, entre cada beijo, eu te amo.

Suor e CK One.

1 de julho de 2009

Queer thinkin', straight talkin'...

Perder a inibição com boas doses de vodca não é surpreendente. Já enxergar coisas onde anteriormente não havia nada já começa a ser preocupante.

Encontrei, uma vez, num cara, sem um único vestígio de álcool e com um histórico prioritariamente heterossexual, uma disposição pra sacanagem que me intrigou. Será que eu tinha (mais uma vez) bebido demais ou ele tava realmente levantando à camisa pra se exibir pra mim?

Ok, a disposição dele só me deixou com (muito) tesão.

Numa conversa paralela a exibição (dele) e a falta de vergonha na cara (minha), falamos de trabalho, sobre o bebê dele, a minhas habilidades de dançarino e vontade dele me levar pro motel com urgência.

Não sei ainda porque, mas perdi a graça instantaneamente.

"superficial expectations..."
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