Uma boa rodada de cerveja em um boteco é um ambiente mais hospitaleiro para sair do armário. A cerveja, naquele dia, serviu de anestesia para a trepidação no coração e desacelerou a corrida de pensamentos que já andam de praxe na velocidade da luz. Boas risadas depois de alguns goles esfriaram o rosto e evitaram a vermelhidão do constrangimento. Sem toda essa armadura, sair do armário nunca soou tão fácil. Mentira! O coração pulou em batidas de hip hop avançado, a cabeça ficou a mil e a cara mais vermelha que o esmalte da sua mãe naquele dia de manhã.
Os olhos não se encontravam naquela hora. A amizade era gigante. Pensando bem, acho que gigante foi um adjetivo usado de maneira pretensiosa até então. A amizade era forte e o carinho e o respeito também, mas os olhos encontravam o chão com mais freqüência que o comum. “Eu estou namorando... (hum) há seis meses... (hum²) com um menino...”. Apesar disso tudo, minha abstração foi a saída mais rápida (e olhando para trás, não muito esperta) para que a situação ficasse mais confortável. Não era a expectativa de Lucas nem do Leonardo, mas minha última expectativa quando sentei para beber era aquela conversa também. No final das contas, até quem vive no armário se assusta com alguém saindo.
O que era importante ali é que a dimensão do momento ficou registrado. Já tirou fotografia mental? As córneas não passam de lentes combinadas com diafragmas orgânicos com resolução ora digital ora analógica para dias como esse. Dias em que você se descobre mais do que você já tinha certeza que conhecia. E depois de toda a antecipação e da fase ‘não sei o que um fala pro outro’, os três (parecia menos, eu sei) são as mesmas pessoas. E agora a palavra gigante ganha significado sincero e aplicação digna. E foi assim que nós três chegamos aqui. Quem dera se todo armário tivesse sua porta virada para a primeira mesa com uma Skol gelada.
Os olhos não se encontravam naquela hora. A amizade era gigante. Pensando bem, acho que gigante foi um adjetivo usado de maneira pretensiosa até então. A amizade era forte e o carinho e o respeito também, mas os olhos encontravam o chão com mais freqüência que o comum. “Eu estou namorando... (hum) há seis meses... (hum²) com um menino...”. Apesar disso tudo, minha abstração foi a saída mais rápida (e olhando para trás, não muito esperta) para que a situação ficasse mais confortável. Não era a expectativa de Lucas nem do Leonardo, mas minha última expectativa quando sentei para beber era aquela conversa também. No final das contas, até quem vive no armário se assusta com alguém saindo.
O que era importante ali é que a dimensão do momento ficou registrado. Já tirou fotografia mental? As córneas não passam de lentes combinadas com diafragmas orgânicos com resolução ora digital ora analógica para dias como esse. Dias em que você se descobre mais do que você já tinha certeza que conhecia. E depois de toda a antecipação e da fase ‘não sei o que um fala pro outro’, os três (parecia menos, eu sei) são as mesmas pessoas. E agora a palavra gigante ganha significado sincero e aplicação digna. E foi assim que nós três chegamos aqui. Quem dera se todo armário tivesse sua porta virada para a primeira mesa com uma Skol gelada.
Um comentário:
Interessante esse blog, viu? Já tá nos meus favoritos! hehehe
abraço, meninos!
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