31 de julho de 2008

Porca e parafuso: Se o encaixe não é perfeito, não rola!

Conheci o figura na faculdade. Éramos amigos, e ainda somos. Bons amigos. O traste tinha tudo que eu procurava e ainda procuro em alguém. Simpático, educado, inteligente, carinhoso (ui), prestativo, companheiro... além de bonito e gostoso. O que se pode querer mais??? Bom, no meu caso, eu tinha que querer mais alguma coisa. Só uma coisinha... Que ele fosse gay. No entanto... completamente hétero. Ou pelo menos é o que parece ser porque nunca percebi nada que me sugerisse o contrário.

Muito bem, costumávamos viajar quase todos os finais de semana pra fazenda dele. Só eu, ele e o pai dele. Às vezes só nós dois. Um verdadeiro sofrimento... Eu morrendo de paixão, e ele também, mas por uma gostosona que estudava com a gente. Eu, feito um idiota, ia levando aquilo da pior forma possível. Às vezes ganhava um abraço ou um beijo na bochecha por alguma razão qualquer e me enchia de ilusões... Chegava a acreditar que estava mesmo rolando alguma coisa. Éramos muito próximos, tudo da faculdade a gente fazia junto, sempre saíamos juntos e até nas férias a gente costumava viajar junto.

Um sexta feira qualquer ele me liga: "To indo pra fazenda, te pego aí na sua casa às 19:00hs." Ok, tudo combinado. Lá na fazenda, eu acordava e saia com ele pra fazer o que eu e ele mais adorava. Dava uma olhada nos animais, trabalhava numa cerca quebrada aqui, limpava uns piquetes ali, e depois de fazer tudo que era pra ser feito, sempre rolava uma pescaria. Minhocas na mão (pena que não era a dele), decíamos pro açude e lá a gente ficava horas pescando e conversando fiado. Nunca sobre mulheres e tampouco sobre homens. Eu nunca deixava o assunto surgir e se surgia, eu tratava logo de falar do capim que tava ficando muito pouco ou da porteira que precisava de uma segunda mão de tinta. De volta pra casa, uma cervejinha gelada e uma carne na chapa. Ele fazia tudo e me dava nas mãos. Eu varria a cozinha, lavava um copo ou outro, mas sempre, ele cozinhando pra mim. Pra nós. Lá pras madrugadas, já um tanto alterados, era banho e cama. Cada um na sua. Humpf! E a coisa se seguia assim.

Nesse dito final de semana, um dia lá, já no quarto e prontos pra dormir, ele me disse que a cueca tava apertando e já foi tirando a bermuda e a cueca logo em seguida. Quando ví que ele ia tirar tudo mesmo, me deu aquele nervoso e trouxe minha coberta até o queixo. Assim qualquer coisa eu entraria debaixo dela. Muito bem, lá estava ele, com toda a doçura do mundo, tirando a cueca pra aliviar a pressão e quando ví aquela coisa pendurada, que de minhoca não tinha absolutamente nada, fiquei chocado. Uma mistura de "Oh Yeah Baby" com "Dio Santo" me fez virar pra parede e dar um "boa noite, to morrendo de sono". Passei a noite pensando se ter alguma coisa com ele seria bom porque definitivamente, nenhum lubrificante mesclado com um potente relaxante muscular seria capaz de resolver a situação.

Bem, na verdade, essa é uma questão que jamais foi ou será elucidada. Depois de uns bons anos vivendo de um amor platônico acabei caindo na real de que não ia mesmo acontecer nada entre nós. Percebi que não era só uma cosinha que eu queria ou que deveria ser diferente...

It would never fit!

8 comentários:

Bruno Etílico disse...

Bom, se ele é, de fato, tudo isso que você falou (disse 'tudo isso' MESMO) você teve um amor platônico pela pessoa certa, meu querido!
Hhehehehehehee

Não sei porque, mas eu já leio os posts aqui sempre achando que algo vai me esboçar um sorriso - e isso, de fato, acontece

:D

Anônimo disse...

Adorei! O bofe deve ser tudo. Vai fundo. Se rolar é lucro.

Abração

Rhenan
www.sexpride.blogspot.com

Anônimo disse...

Adorei o conselho do Rhenan de 'vai fundo'.
Como assim, né?
Tá achando o que ele, hahahaha

Adorei a história.
Mas, pow...
Tipo...
Acho que todos os meus amigos heteros, com uma cervejinha a mais se soltariam, rs...

Adoro isso aqui.
Sempre

Tenho Dono disse...

Parabéns pelo blog...muito bom mesmo...

Agridoce disse...

Boa história! E já sou da opinião de que derminadas coisas são deliciosas, mas na medida certa! Lieteralmente. Ainda bem que ainda não conheci um hetero assim, pois caso contrário, estaria perdido...
beijos

Eu disse...

Conheci o blog hoje e gostei, bastante! Voltarei mais vezes com certeza!

Marco disse...

Eu vi um igual ao da foto lá na bienal de arte, algum tempo atrás... e pensei: a arte é mesmo subjetiva, não? "whithout notion" :)

Abs.

Leonardo Filizolla disse...

"nenhum lubrificante mesclado com um potente relaxante muscular seria capaz de resolver a situação."

Nossa senhora, deve ser o da foto mesmo. hahahaha.

E eu já passei por uma situação parecida, digo ao fato de gostar de amigo, é chatinho mesmo.

:~~~

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