No último domingo, pela primeira vez, fui pego completamente de surpresa num ambiente que eu acreditava não estar ainda muito preparado para conhecer. Ou estar nele. Ou sei lá. Em um momento eu estava na praça da alimentação de um shopping e num segundo momento eu me vi no meio de um bar/boate (num sei bem definir o que era aquele lugar) de pessoas 'entendidas'. Era assim que ela se referia aos gays.
Um esbarrão nas costas e quando dei conta, era um colega de faculdade... Não me senti envergonhado. Apesar de o simples fato de estar alí denuncia alguma coisa, na minha cabeça eu estava acompanhando uma amiga que há um tempo atrás trocamos alguns beijos. Ele, em contrapartida, não conseguiu disfarçar o constrangimento. Nos abraçamos que se estivéssemos no bar da esquina da faculdade onde costumávamos nos encontrar. Voltei para a posição em que eu me encontrava quando um primo distante passa de mãos dadas com outro rapaz (pensei: eu sabia!!! E ele é tão bonitinho... simpático, educado, inteligente... enfim). O conforto da consciência se esvairiu nos minutos seguintes e eu já não sabia mais nem como me comportar. Qualquer olhar inocente parecia o mais intimidador... Me senti um peixe fora d'água. Tão desconfortável onde as pessoas pareciam estar em liberdade plena. Uma bebida pareceu uma boa idéia e aceitei uns goles do copo dela. Estava um pouco resistente com a bebida pois sabia que ela ia me deixar mais a vontade. Queria ter controle total da situação.
Consegui curtir algumas músicas. Havia uma garota cantando e ela mandou um sertanejo que adoro. Cantei algumas músicas junto com ela com minha longneck na mão e teminando aquilo: "Não estou me sentindo bem. Podemos ir agora?" não foi uma desculpa esfarrapada que arrumei. Mil coisas passando pela minha cabeça... Toda aquela excitação numa circunstância inesperada me rendeu um terrível mal estar e uma dor de cabeça bem fina. Daqueles que incomodam muito mais do que de fato doem. "Só mais duas músicas, pode ser?" Fiquei ali parado enquanto ela dançava. Acendi um cigarro estando certo de que não esperaria a terceira música. Fumei o cigarro todo tentando pensar em alguma coisa. Imaginar algo... A mente ficou vazia e por mais que eu me esforçasse... Nada!
Fomos embora. Cheguei em casa e dormi quase que instantaneamente. Foi a conta de tomar um remédio e apagar. Desde então ainda não tinha parado pra pensar no acontecido e nessas coisas. Ainda não parei, essa é a verdade.
Quase uma semana se passou...
- Am I alone??? -
8 comentários:
Leo, achei q sua primeira balada seria comigo na terra maravilhosa...hehe
Sabe, me lembrou da primeira vez que fui em um lugar desses. Foi uma situação muito parecida com a sua. Lembro que não conseguia olhar ninguém no rosto e toda hora vinha algum cara conversar comigo me perguntando se eu era "entendido". Junto, uma amiga, que achava que eu não era, me abraçava e dizia que era minha namorada. Hoje dá vontade de rir quando lembro dessa cena insólita... hhaha
you're not alone...
Somos parecidos nesse aspecto
Cheguei a acreditar que seria tb com vc a primeira vez Ragazzo... Mas depois de todo aquele meu bem entendido.. rsrs
Ele se foi!
Por favor, uma bebidinha só. Por ter apreciado o sertanejo, talvez, tenha perdido o controle, não sei, não sei, foi o que eu senti.
Esse post
http://semtirar.blogspot.com/2009/08/atencao.html
ta concorrendo ao Katana de Ouro Awards
Tem que relaxar hoauiha
A primeira vez a gente nunca esquece.
Quando fui numa boate na primeira vez, lembro que achei que todo mundo tava olhando pra mim e que a qualquer momento o Fantástico ia chegar pra fazer uma matéria sobre a noite gay e me entrevistar, hahahaha
Depois vc acostuma, rs... E gosta!
Bjo
www.confissoesaesmo.com
É constrangedor, né? Mesmo q vc saiba q aquela pessoa está ali pelo mesmo motivo q você... sempre rola um clima estranho. Comigo aconteceu duas vezes. Eu cumprimentei, mas depois saí de perto.
Às vezes o ataque é a melhor defesa! Qdo vir um conhecido, diga: "Oh, nem sabia q vc era gay!"
=P
Abço ^^
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