2 de julho de 2008

Home is where the heart is

O verão costumava ser época de viajar com a família. Traduzindo: muita, mas muita gente espremida em um apartamento na praia por vários dias. Ao contrário de tios, tias, primas, pais e agregados que optavam por farofar na praia logo de manhã, eu e meu primo seguíamos o verdadeiro horário de verão: de dia dormir, de tarde acordar, de noite sair.

O objetivo era sempre o mesmo: conhecer meninas. No meu caso, tentar escapar logo em seguida. Naquele ano (2005), isso aconteceria de janeiro até o carnaval (que caiu no início de fevereiro). Mas não aconteceu, meu primo voltou antes do previsto para nossa cidade. Ótimo, pensei. Sem ele por perto eu poderia aproveitar meus bons 20 anos e conhecer algum carinha, já que eu trocava olhares, entendia os sinais, tentava aproximar, mas não tinha coragem privacidade.

O carnaval chegou, a bebida aumentou, as oportunidades triplicaram e a coragem despencou. Eu nunca tinha ficado com nenhum carinha (e estava atrasado, comparando com padrões atuais), mas não tinha interesse em ficar por ficar, e naquele momento ninguém estava interessado no dia seguinte.

Todo fim de tarde eu caminhava na beira do mar. Belo dia, resolvi ir mais longe pra ficar um pouco sozinho. E lá mesmo, bem longe, vinha em minha direção um cara baixinho, bronzeado de praia e cabeçudo - igualzinho um personagem que na hora fugiu da minha memória (e só anos depois descobri). Quando assustei, ele estava a poucos metros de distância. Nesse momento, fiquei completamente hipnotizado por olhos azuis gigantes e expressivos, que me encararam durante alguns segundos. Fiquei tão sem graça que virei o rosto e perdi o ritmo do passo (juntamente com o cardíaco). A vontade de olhar para trás fervilhava e não resisti. No mesmo momento, ele fez o mesmo. Eu gelei, parecia que a praia inteira estava assistindo.

Continuei caminhando, até perdê-lo de vista. Mais uma oportunidade perdida. Eu fiquei me chamando de burro várias vezes. Coloquei o chinelo na areia, sentei e observei o pôr-do-sol, relembrando a cena. De repente, vi que alguém parou do meu lado e virei. Era ele, com os olhos ainda mais expressivos e um sorriso tímido arrebatador.


Posso sentar do seu lado?

8 comentários:

Lucas disse...

Continua no meu próximo post. Abração a todos, Lucas.

PLANETA GLS disse...

OI Leonardo. Lucas. e Luan., tudo bem??
eu vi o anúncio do blog semtirar hj no orkut na comunidade de blogs gays e decici entrar pra matar a curiosidade.. e foi muito legal ter entrado aki, pois eu adorei o blog, parabéns... continuem postando porque está muito bom...

boa noite....

Unknown disse...

Maravilhoso o blog! Adoro sempre que tem material novo. Parabéns.

Agridoce disse...

Já estou aqui curioso! Boa a história!

Anônimo disse...

Nossa, adorei o blog de vcs.
Que layout bacana! Vou vir sempre aqui e vou linkar no meu blog. Grande abraço.

Rhenan.
www.sexpride.blogspot.com

Venenoso disse...

pára tuuudo!!
Lucas, adorei tudo: o layout, os textos, a proposta, o nome...

Obrigado pela visita no meu blog e vou passar sempre por aki tb!

Acho que o Luan vai gostar bastante, pq Madonna tb eh minha diva.. E recomendo a leitura dos "contos de terror reais" sobre casos com barata e afins...

Mas tem uns maldizeres em relação à Mariah...vc nao liga, né? ;-)

Abraço

Theo disse...

Oi... aposto q essa era uma praia do Espírito Santo!! kkk Vc é d BH, né?!
Brincadeira...

Ow... gostei do blog!! Mto obrigado pela visita, pelo comentário, e por me linkar!

Tb tô t linkando...
E voltarei mais vezes!!

Abço "procê" hehe

M.L disse...

Bom demais!!!

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