14 de setembro de 2008

Eu corri e corri...

Eu sempre arrumei um jeito de me adaptar ao meio. Na escola, fugi um tempão da educação física por detestar futebol e por me achar gordinho demais. Com o tempo, legitimei minha aversão pelo futebol ao provar que era muito bom jogador de volêi.

Apesar de desenvolver amizade mais fácil com meninas nessa epóca [isso mudou!], me safava sempre como o "cara que era chegado das mais bonitas". Como o "gay", só para os mais sensíveis. E gays também.

Experimentei o anonimato sexual do melhor jeito que tinha, namorando um amigo da sala. E experimentei a não-dificuldade em ser gay por medo da exposição por um bom tempo. Aí eu me alistei no exército...

Perdi a conta do número de vezes que esse sargento me chamou de bicha. Acho que foram 6 ou 7. Ele só olhou pra mim. Perguntou meu nome e no meio da minha resposta, ele já disparava isso e a sala de exame em silêncio. No dia, eu conseguia descrever cada vez que ele gritava no meu ouvido no quarto com uns 40 meninos da minha idade. Mas não descrevi. Voltei pra casa. Como eu tremia.
Lembro de tremer tanto que minha voz perdeu toda força no exame de vista.

Não falei com ninguém. Decidi deixar isso de lado pra conseguir descobrir que esse lance de anonimato sexual somente serve de boa ferramenta de sobrevivência se você tem com quem dividir, como eu tenho o Lucas e o Leonardo.

"I'm still running away..."

8 comentários:

Pedro disse...

Nossa, essa fase da escola é foda, tb fugia da ed. física e só andava com as meninas, mas não tive a mesmo sorte de namorar um colega, mas paixões platônicas tive muitas!!! No exército até que tive sorte ou azar na verdade, eu acabei passando todas as etapas, um tal sargento endoidou comigo, queria eu falasse que queria servir, que eu iria fazer carreira em qualquer na área, e eu querendo fugir dali. Enfim tivemos que mexer muitos pauzinho pra eu me livrar e consegui.

Mudando de assunto, vcs são de BH tb não? Costumam sair aqui? Que tal marcar uma cervejinha com os menino e os 3 sem tirar?

Abração

Anônimo disse...

Anonimato? Cuidado para que isso não o anule como ser humano e não atrapalhe na construção de quem vc realmente é. Não perca seu valor tentando esconder-se sempre. Boa sorte!

VINCENZO GONZAGA disse...

Amei o blog
irei adicioná-los
vincenzo

Wagner disse...

Eu acho que o mais importante no meio de todas estas informações e pressões é buscar algo que faça a vida valer apena, seja os amigos, a arte, enfim! Mas superar esta fase é sem dúvida uma prova de "machismo" no bom sentido do termo! Abraços!

Ainda mais por dentro...(rick) disse...

lucas tem amigos em portugal,
poxa me ajude, preciso conhecer gente aqui
me add no msn
ric-fernandes@hotmail.com

Anônimo disse...

Eu no colégio sempre tinha mais amigas q amigos e até pouco tempo atrás era assim.
Mas nunca fui chamdo de viadinho. Sempre teve um mais viadinho q eu no colégio (q horrível, né? e eu não queria ser igual a eles).
Dae a gente cresce e se dá conta de quão cruéis os adolescentes realmente são.

Mulher em fuga disse...

Ameiiiiiiiiii o blog de vcs! Tô linkando já!
Qto ao anonimato...todo mundo diz que a gente ter que ser o que é, mas eu sei bem que não funciona assim...qdo eu era gorda (muito gorda), todo mundo me dizia que eu era "legal" e ponto! E vivi no anonimato sexual (mas de forma diferente, se é que vcs me entendem)...hoje, resolvi liberar geral e curtir minhas vida! (p.s: com quarenta kilos a menos é mais fácil, rs!)
Espero a visita, dos três, lá no meu buraco (ops!)...
Beijos!

Uillow disse...

É... no colégio eu sempre me dei melhor com as meninas, apesar dos meus amigos mais próximos sempre terem sido meninos. sempre odiei futebol, mas jogava vôlei beem mediano. :P
E a minha passagem pelo exército, bom... essa a gente pula.

Abração! :)

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